A compreensão do processo de uma nova arquitetura geoeconômica criada pelos excluídos centrada na economia chinesa com a Bacia do Pacífico é fundamental para fortalecer a luta política contra a opressão dos Estados Unidos e da Europa, disparou o professor de Relações Internacionais da Unisinos, Diego Pautasso, na mesa de convergência IMPERIALISMO EM CRISE AMEAÇA OS POVOS COM GUERRAS E AGRESSÃO de hoje, 22 de janeiro, no Fórum Social Mundial temático.
Pautasso explicou que as dez maiores reservas monetárias do mundo, ou seja, a capacidade monetária dos países, não estão mais na mão de europeus, e sim nos países orientais, além do Brasil. A força financeira é intensificada com a criação no ano passado do Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que tem os países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Banco Asiático de Desenvolvimento, onde mais de 57 países assinaram entrada. Essas entidades financeiras acabam com o monopólio de crédito e influência política do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional para investimento de infraestrutura dos países.
“A China está mostrando liderança pela inclusão do trabalho, não pela força da guerra, nem pelo desmonte do aparelho estatal”, afirmou.
A presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, apresentou dados da força bélica americana. Depois de ler uma mensagem do presidente dos EUA, Barack Obama, que considerou como um aviso de ameaça aos povos, Socorro falou das 800 bases militares que o país tem no mundo inteiro. “”Os EUA tem nas mãos a máquina de guerra que é a OTAN, que treina mercenários para destruir países, forças que envolvem 36 mil soldados, mais de 230 unidades terrestres, mais de 60 embarcações, 100 aviões, em mais de 30 países”, afirmou.
A mídia também foi alvo de crítica. Para José Reinaldo de Carvalho, secretário de Relações Internacionais do PC do B, ela é “fabricante da opinião favorável à guerra e à destruição.”
Amesa teve como mediador, Edson França, da União de Negros pela Igualdade (Unegro/Brasil).