Por Gustave Massiah
“É preciso ter um pensamento estratégico. A esquerda deve aceitar a diversidade das pessoas que ela representa, como as mulheres, indígenas, negros, latinos. E unificar a partir do pensamento estratégico e construir juntos uma estratégia. E a estratégia é a articulação entre a urgência e a alternativa. A urgência de resistir a esse novo monstro, sob a forma de fascismo. E esta resistência parte de dois valores: igualdade e liberdade. Significa recusar a desigualdade e construir a igualdade social, cultural e, principalmente, o acesso a todos os direitos. Recusar a redução da liberdade por razões de ideologias de segurança. Esta é a resistência.
É preciso também um projeto alternativo que precisa ser construído a partir da diversidades, e a construção de uma coletividade a partir do individual.
Porque há efetivamente uma transformação na geração cultural. Até agora, a concepção que tínhamos sobre a ação política era que se tratava de uma ação coletiva que se opunha ao individualismo. Isso não era errado.
Mas hoje em dia, as novas gerações, notadamente a geração da internet, partem do individual e, então, construírem o coletivo. Por exemplo, uma forma radical de resistência que conhecemos são aqueles que lançam o alerta, como Edward Snowden, por exemplo, que individualmente constrói o coletivo a partir da resistência”.
¬¬¬¬¬¬* Membro do conselho internacional do Fórum Social Mundial e do Centro de Pesquisa e de Informação para o Desenvolvimento (Crid/França)
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