Resistimos!
A conjuntura mundial nos pede coragem. E frente ao crescente processo de retrocessos politicos, sociais, econômicos e o aprofundamento da crise ambiental há várias iniciativas de coletivos, movimentos e organizaçoes sociais em lutas e resistências. Reunir estas várias experiências para troca de informações, criar pontos de contatos e pensar formas de unir e acumular forças é uma necessidade. Foi isso que fizemos no Fórum Social das Resistências – por democracia e direitos dos povos e do planeta realizado de 17 a 21 de Janeiro de 2017 em Porto Alegre, Brasil. Foram cinco dias de mobilização, debates, expressões politico culturais, festivais, mostra de cinema de resistências e muita convergências, numa agenda concreta de contraposição ao Fórum Econômico de Davos, evento que congrega o pensamento neoliberal responsável pela crise civilizatória que a humanidade vive.
Como saldo deste processo, além das experiências, trocas, encontros, vivências e novas relações políticas e afetivas, foram as convergências construidas como resultado da Assembleia dos Povos e Movimentos em Resistências e na reunião do Conselho Internacional do FSM. Da Assembleia, resultaram as orientações políticas sobre a gravidade do momento atual e as ações prioritárias capazes de unificar os movimentos de resistências do Brasil, América Latina e do mundo. As orientações foram explicitas.
O momento é de crise social, econômica, democrática e ambiental. A democracia e todos os direitos estão em risco. Há uma ofensiva neoliberal, autoritária como ação orquestrada pelo grande capital. Esta ofensiva visa dividir os povos pela guerra e as violências. Aprofunda a crise ambiental que põe em risco a manutenção da vida de bilhões de seres humanos. Utiliza o patriarcado e o racismo como parte essencial da dominação capitalista. O monopólio dos meios de comunicação de massa são essenciais para manter esta dominação.